sábado, 27 de novembro de 2010

Chico leva um pedaço de mim

Vou emprestar Grande Sertão pro meu amigo Chico do PT ler. Livro tem que correr mundo. "Leve ao Chico, o sertão do meu coração", João Guimarães Rosa. Na volta, a gente conversa mais.
Célia

Aprendendo com Riobaldo

(...) a gente carece de fingir às vezes que raiva tem, mas raiva mesma nunca se deve de tolerar ter. Porque, quando se curte raiva de alguém, é a mesma coisa que se autorizar que essa própria pessoa passe durante o tempo governando a idéia e o sentir da gente; o que isso era falta de soberania, e farta bobice, e fato é."


Eu tenho alergia à raiva. Igualzinho minha querida Ana Raquel, que não pode encontrar uma formiga que acaba no hospital, é a raiva a minha formiga venenosa. Entra pelos meus póros, entope minhas veias, até fechar a garganta. Raiva a gente tem que fugir dela. O melhor antídoto é o perdão. Mas é mercadoria custosa de se encontrar por aí. Tem que pelejar pra achar.


Acredito que uma hora dessas, acabo topando com ele por aí. Por enquanto, vou lendo e relendo as divagações tão reais de Riobaldo, autor do pensamento aqui de cima. 

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Alguém aí se habilita?

Estou tentando responder os comentários deixados aqui, mas não estou tendo sucesso. Alguém me explica como faço isso. Por enquanto, estou sendo sem educação e meus visitantes pensam que não estou dando bola para seus comentários. Socorro!!!!!!!!!

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Biblioteca não pode parecer velório. Silêncio!!!


Nos últimos tempos, a falta do quê fazer da nossa juventude tem sido uma das coisas que mais me incomoda. Fico abalada de ver que a moçadinha tem apenas botecos para frequentar nas cidades. Essa preocupação vem ao encontro de uma defesa que sempre faço de políticas de promoção da leitura. Você pode me perguntar: mas você acha que jovem gosta de ler, que trocaria uma mesa de boteco por um livro? Hoje, tenho certeza que não. Pelo menos, a maioria deles fica com o boteco, mas uma política pública que inclua no cardápio de uma biblioteca, atividades de lazer e cultura, música, entretenimento, certamente, atrairá a atenção daqueles que, por falta de conhecer coisa melhor, acabam se entregando ao ócio alcoólico social – que pode se agravar e todo mundo já sabe onde vai dar.
Os municípios podem sim criar bibliotecas públicas que funcionem como centros culturais e pontos de encontro da comunidade. Em vez de álcool, sirvam-se viagens pelos livros e pelas diversas manifestações da cultura, além da literatura. E que funcionem todos os dias da semana e do ano, à noite também. Basta querer e colocar na pauta de prioridade. E isso quer dizer: colocar no Orçamento e no Planejamento.
A biblioteca deve começar a atrair desde o menorzinho ‘ leitor’, antes mesmo que ele aprenda as letras. Ele vai aprender a ler um monte de coisas na vida. Ler oportunidades, criatividade. Ler o mundo que o cerca. A leitura é uma extensão da memória e da imaginação, com ela vislumbra-se a possibilidade de transformar o mundo, de melhorar a vida. Se cultivada desde cedo, certamente será mantida na juventude e na idade adulta. E todos têm a ganhar, em todos os sentidos: quem lê aprende a viver melhor a respeitar o mundo em que vive.
As bibliotecas costumam parecer uns velórios; tudo quieto, gente cochichando, aliás, os velórios costumam ser mais animados. E não deve ser assim: bibliotecas têm que ser vivas, dinâmicas, movimentadas, com atividades que formem leitores de mundo e não apenas os atendam.
Por bibliotecas vivas, mesmo que sem o dinheiro suficiente para proporcionar um espaço tecnologicamente sofisticado. Ler, seja lá como for, é que é uma sofisticação só!


quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Noite entre letras!

Irresistível. Quando descubro uma notícia dessas, fico louca para escrever a respeito. No blog Livros e Afins, que está entre os meus favoritos, li a notícia de uma iniciativa em Curitiba, em que 45 alunos de uma escola pública dormiram numa biblioteca. Sabe aquela mania que as crianças têm de querer dormir, em penca, na casa de um da turminha? Por aqui, chamam de noite do pijama. Tem escola que leva a molecada pra dormim na própria escola. Mas lá em Curitiba, levaram para passar a noite entre os livros.
Ah, que pena que eu não estava entre eles!!! Já imaginaram o que é passar a noite entre as estantes, escolhendo o livro que quiser para ler? Aposto que alguns deles vão escolher aqueles de histórias de terror, para contar em voz alta e matar todo mundo de medo. Se eu tivesse lá, faria isso.
E abrir um livro cheio de cores, ver bichos que nunca se viu em carne e osso, descobrir a cara que teria um Robinson Cruzoé, ver o namoro entre o gato malhado e andorinha sinhá? A noite toda desobrindo personagens, histórias fantásticas? Aposto que eles acordaram no dia seguinte com a curiosidade despertada, com os olhos brilhando (talvez vermelhos de sono), mas brilhando de ter passado uma noite intiera descobrindo e descortinando o mundo sem ter que nem sair do lugar.
Parabéns à essa iniciativa, que me faz ter saudade do projeto Letras para Todos, que criei enquanto exercia a função de Secretária de Governo em Itajubá. Saudade....... do Letras para Todos!

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Cultura, minha gente!

Hoje, uma das notícias da pauta nacional (que se repete em todos os veículos) é a aprovação do Plano Nacional de Cultura, que segue para sanção do Presidente Lula. Fruto de um debate com a sociedade, o PNC traça as diretrizes da política cultural para os próximos 10 anos. Não conheço o plano, mas vou procurar saber dele porque, a mim, muito interessa esse assunto.
Mas independente de que eu não conheça o plano, sei que na Câmara dos Deputados há alguns projetos, a princípio, muito interessantes como o vale-cultura, outro que define um percentual mínimo de investimento em cultura por parte dos municípios, estados e União. Seriam 2%. Hoje, o percentual é mínimo mesmo, menos de 1% em grande quantidade dos orçamentos municipais.
Mas um aspecto que eu acho o mais bacana de todos é tratar a cultura como uma atividade também econômica. É a economia da cultura. Um empreendimento cultural emprega pessoas, movimenta o mercado dos insumos básicos para a realização das atividades, faz girar dinheiro nas cidades. Não é "viadagem" como podem pensar os cabeças-duras. A indústria do Carnaval no Rio de Janeiro que o diga. Quanta gente empregada, quanto dinheiro circulando.
Nas cidades menores, guardadas todas e as devidas proporções, o teatro, o canto coral, a dança, a arte plástica, a culinária... Tudo o que faz parte da cultura daquele município pode ser tratado, pelo poder público, como uma atividade econômica, que pode gerar mais divisas para o município. Isso sem falar do turismo que vem como consequência.
Os prefeitos precisam, pelo menos, passar a enxergar a cultura assim, se não dão a ela a importância que ela já tem para o desenvolvimento da população.
É isso! Vou conhecer agora o Plano Nacional de Cultura.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Encontrei a resposta

Sempre me atormentou a culpa de não ter conseguido cantar: seja no bar, no palco de um show, pra gravar um CD. Afinal, comecei minha juventude cantando em grupo, num coral que encantou a cidade. Afinada, com boa voz, uma extensão razoável.... por que não cantar então?
Das vezes que tentei cantar só, apenas com o acompanhamento de um instrumento, me perdia no ritmo, não conseguia pegar o tom, era vencida pelo nervosismo.
E assim foi indo, por toda a vida, com aquele desejo reprimido de não ter sido o que eu realmente não dei conta de ser.
Ao ouvir uma bela canção, porém, me entrego, lagrimo, me toma um desejo de cantar pra muita gente ouvir.
Hoje, descobri porque nunca consegui: eu não tenho identidade própria no meu canto, não sei cantar de um jeito meu, não crio no cantar. Apenas gosto de cantar acompanhando a voz que sai da caixa de som. A voz de outra ou outro, que é como se entrasse pelo meu ouvido e saísse da minha boca. Não preciso mais ficar com culpa porque, afinal, não sou artista. E muito menos uma artista desperdiçada. Tenho apenas a habilidade de manter a afinação na melodia. Só isso. Nada mais que isso. E isso não dá a ninguém a condição de ser artista.
Estou em paz, com o canto afinado, que não é meu. É das vozes de Mônica Salmaso, Cássia Eller, Paula Morelembaun a quem gosto de ouvir e cantar junto.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Praças da liberdade e da cultura

Hoje, descobri que uma antiga rádio de Itajubá está de volta, só que agora apenas na Internet. É a Estéreo Sul, que tocava nos alto-falantes da Praça Theodomiro Santiago, no centrinho de Itajubá. Eu era adolescente, ia todas as tardes, fim de tarde, pra praça, para encontrar a meninada da mesma idade. A Estéreo Sul mandava recados pra gente, às vezes. Uma vez recebi não um recado, mas uma poesia que era uma verdadeira declaração de amor. Lembro-me que começava mais ou menos assim: "eternos meninos brincando de roda em meu coração....".
Topar de novo com a Estéreo Sul, que hoje é http://www.estereosul.com.br/, me fez pensar nas praças da minha cidade. Tenho um sonho hoje, de morar em frente a uma delas, abrir a janela e ver as árvores, bancos com gente, alegria, movimento.... Toda praça deveria ter muita luz, pra que as noites fossem cheias de gente passeando, tomando sorvete, namorando. Tinha que ter brinquedos pras crianças, música no coreto... Todas as praças.
Todo fim de semana, uma atração para levar gente de todas as idades, de todos os lugares da cidade e em todas as praças ao mesmo tempo. Você poderia escolher em qual ir, dependendo da programação de cada uma: teatro na rua, cinema à noite, música o dia todo, praça de lazer, dia de distribuir livros ou deixá-los sobre os bancos...
Ah, as praças são uma delícia, só precisam ser mais bem aproveitadas.

Bullying e inclusão escolar são tema de seminário de Pedagogia em Itajubá

A realidade das agressões praticadas dentro da escola, conhecidas como bullying, é um dos temas do I Seminário de Pedagogia – EAD (Educação a Distância), que acontece em Itajubá nos dias 11 e 12 de novembro, no Instituto Educacional Livre Ofício, no Sesi. O Instituto é pólo do Grupo Educacional Uninter, que oferece curso de licenciatura em pedagogia e cursos superiores de tecnologia. A função do pedagogo, inclusão escolar e mitos e verdades sobre a educação a distância são os outros temas da programação do seminário.
O evento é aberto ao público, bastando que o interessado confirme sua presença até o dia 9 de novembro pelo telefone 3623-5068 ou por email secretaria@livreoficio.com.

A realização do seminário foi uma iniciativa da própria turma de Pedagogia para discussão dos novos desafios impostos à função. Para a tutora da turma, Miriam Ribeiro de Oliveira Rodrigues, o desafio maior é o conhecimento, no entanto a realidade apresenta novas demandas, exigindo um posicionamento em relação aos novos desafios que se opõem para a educação e que devem ser trabalhados neste contexto por toda a comunidade escolar. O bullying, a inclusão, a educação a distância são algumas das ‘novas’ pautas colocadas na ordem do dia do profissional de educação.


Convite
I Seminário de Pedagogia – EAD
11 e 12 de Novembro 2010
11/11/10
“Bullyng” nas Escolas – Palestrante: Maria Suely Mota
A Função do Pedagogo – Palestrante: Sandra de Paula Ávila
12/11/10
Inclusão Escolar – Palestrante: Wolkmar Guimarães
Mitos e Verdades sobre EAD – aluna Silvana Costa
11/11/10
“Bullyng” nas Escolas – Palestrante: Maria Suely Mota
A Função do Pedagogo – Palestrante: Sandra de Paula Ávila
12/11/10
Inclusão Escolar – Palestrante: Wolkmar Guimarães
Mitos e Verdades sobre EAD – aluna Silvana Costa
11/11/10
“Bullyng” nas Escolas – Palestrante: Maria Suely Mota
A Função do Pedagogo – Palestrante: Sandra de Paula Ávila
12/11/10
Inclusão Escolar – Palestrante: Wolkmar Guimarães
Mitos e Verdades sobre EAD – aluna Silvana Costa

Interessados favor confirmar presença até o dia 09/11 pelo e-mail:
secretaria.itajubá@livreoficio.com ou pelo telefone (35) 3623-5068
Local: Instituto Educacional Livre Ofício
Avenida dos Ferroviários, 725 – Itajubá - MG

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Bullying em pauta hoje na Rede Minas

A escritora itajubense, Regina Rennó, estará no programa Brasil das Gerais da Rede Minas para falar sobre o conteúdo de um de seus mais recentes títulos: "Eu no Espelho", da Editora do Brasil, conta uma história de bullying na escola. O tema, atual mais do que nunca, já foi abordado por Regina em outra publicação, o livro "Ninguém é igual a Ninguém". Ambos são da coleção Ludo Ludens. O mais recente destinado ao público infanto-juvenil e o primeiro, para a criançada.
O programa Brasil das Gerais vai ao ar às 19h, com apresentação de Roberta Zampetti.

Txai, grupo vocal mineiro, participa do 1º Festival Internacional da Venezuela




Festival acontece até 19 de novembro nas cidades de San Felipe, Barquisimeto, Valência e Caracas



O grupo vocal Txai, de Belo Horizonte, participa do 1º Festival Internacional de Bandas Vocais da Venezuela, que vai até o próximo dia 19 de novembro. O convite para o grupo mineiro partiu da Fundación Soco Voz, que comemora dois anos de existência com a realização do festival.
O evento acontecerá nas cidades de San Felipe, Barquisimeto, Valência e Caracas, com o objetivo de integrar os povos através da música vocal, como expressão carregada de memória histórica e herança cultural.

Para Epifanio Ochoa, Gerente Geral da Fundação Soco Voz, a participação do grupo mineiro é importante para o intercâmbio artístico e sócio-cultural entre os dois países e, ao mesmo tempo, uma oportunidade de adquirir novas experiências.

O Txai fará várias apresentações na Venezuela, além de visitar ambientes como o Sistema Nacional de Coros e Orquestras, a Universidade Experimental de Yaracuy e participar de programas de rádio.

TXAI
O TXAI é formado por cinco vozes que trilham o caminho da música brasileira imprimindo um novo olhar sobre o cancioneiro popular através da formação acadêmica e multidisciplinar das integrantes.
Unidas pelo interesse em inovar o conceito de grupo vocal, o TXAI foi criado no final de 2007 por alunas do curso de música do Centro de Formação Artística do Palácio das Artes, UFMG, e UEMG. Além da sensibilidade de cantoras que atuam no cenário do samba, MPB, soul e rock de BH, o grupo tem como diferencial a concepção de arranjos próprios, que ficam a cargo da líder do conjunto, Clarissa Veiga.
O TXAI homenageia a música mineira tanto com canções do Clube da Esquina quanto de jovens compositores do Estado, em interpretações que recriam nossa rica herança harmônica e que provam que ela se renova com jovens talentos. O repertório também conta com obras de Almir Sater, Rita Lee, Tom Jobim e Mozart, transformando a Marcha Turca num contagiante samba. Já reconhecido e elogiado por grandes nomes do cenário musical como Milton Nascimento, Flávio Henrique, Gabriel e Yan Guedes, Telo Borges, Nestor Lombida, Fredera, Kiko Continentino e Wagner Tiso, o TXAI conquista grandes platéias como o Grande Teatro do Palácio das Artes, onde foi destaque merecido no espetáculo CEFARCONCERTO cantando Amor de Índio em homenagem a Beto Guedes.
Com uma vida frutífera e crescente, o TXAI já é convidado de grandes eventos como o "Festival Internacional de Corais” - como artista convidado e, em Maio de 2010 levou o consagrado Juarez Moreira como convidado especial de seu show. Contando com Artênius Daniel (piano), Gládson Braga (percussão) e Diego Mancini (violão e baixo elétrico e acústico) e acreditando no potencial da formação acadêmica como ponto de partida para celebrar e recriar a música, o TXAI leva para o palco o carisma e a capacidade de cinco jovens mineiras em busca de novas perspectivas para as harmonias e melodias que pairam sobre Minas Gerais.
O Txai:
Ana Rennó
Mariane Limma
Fernanda Pessoa
Lívia Flor
Clarissa Veiga


Páginas na web:

Site: www.maestriaprodutora.com.br  ver: TXAI
Orkut: Txai
Comunidade: Txai
E-mail:grupovocaltxai@gmail.com
Youtube:  http://www.youtube.com/watch?v=NJip2ebxclQ grupo vocal txai, Amor de índio (com duração de 5:02 seg)
http://www.youtube.com/watch#!v=m3GiTB2gfgE&feature=related grupo vocal txai, marcha turca aos olhos de 5 brasileiras

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Estou em paz!

Acordei neste dia de todos os santos, com a paz dentro do coração. Há alguns meses, venho sofrendo com o veneno que tenho visto se espalhar entre as pessoas, por conta da disputa eleitoral. Foi uma pena que a discussão programática tenha sido relegada a planos menores, que nem sempre foi possível manter o equilíbrio para defender seus pensamentos, diante de tanta desinformação, apelos de mau gosto, mistura de temas inoportunos, banalização de temas tão importantes pra todos nós.
Apesar disso, tô muito feliz com a eleição da Dilma. Acredito do governo do Presidente Lula e tenho certeza de que nossa presidente trilhará caminhos semelhantes. E viva o Brasil!