quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

No rádio, menos é mais!

Minha ligação com o rádio começou com a Universitária, da Unifei. Isso já faz tempo, muito tempo. Época em que eu, adolescendo, dormia com o radinho ligado, ouvindo Maria Betânia, Gal Costa, Chico Buarque, Milton Nascimento, Tom, Elis, João Bosco, Ivan Lins, Caetano. Era o tempo eu que eu tinha estrela nos olhos e sonhava com um herói. Bem, minhas preferências musicais mudaram muito pouco desde aquela época. Tirei da minha lista de preferidos Gal e Caetano, por exemplo. Mas isso não importa. Legal é que a Universitária tinha o som que eu queria ouvir. Alguns monitores eram bem próximos e eu pedia sempre uma seleção de músicas daquelas que eu gostava. O nicaraguense Mário Maurício era um deles. Meu irmão PC também era monitor, fazia locução e tudo.
Depois fiquei anos sem ouvir rádio. Perdi totalmente o costume. Foi uma lacuna e não saberia dizer que rumo as rádios da cidade tomaram. Uma exceção era a Estéreo Sul porque, como tocava na praça e de lá e não saía, eu acompanhava a programação.
Depois de jornalista, minha primeira parada foi numa estação de rádio: era estagiária em 1989 na Jovem FM, em Itajubá. Depois, já diplomada, atuei da Cultura AM, em Campinas, Tropical AM, em Ribeirão Preto, voltei para Jovem em Itajubá, passei pela Itajubá AM e hoje to offline.
Mas tenho ouvido bastante rádio de novo. Já cedo, no carro, acompanho um pedacinho de tudo, ouço até a Voz da Rússia. De quando em vez, a Hora do Brasil.
Bem, mas fiz essa introdução toda - que no jornalismo chamamos de nariz de cera - só pra dizer uma coisinha. Uma só. Acho que falta sobriedade aos apresentadores de programas de notícia. Não sei se uso o termo certo, mas o que quero dizer é que acho as falas muito afetadas. É preciso menos 'gordura', menos risada, menos ironia, menos intromissão, menos palpite, menos chutes, menos paixão, menos amor e menos ódio, menos, menos, menos... Menos é mais!

9 comentários:

  1. Parabéns pelo comentário. Concordo com você. E digo mais, acho que em rádio, mas principalmente em TV, os discursos além de irônicos são dramáticos e demagogos quando se tratam de assuntos voltados para questões sociais.

    Um grande abraço.

    Nilcéia Silva
    Jornalista - Rádio Universitária UNIFEI

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  2. Nilceia, muito prazer em 'conhecê-la'. Acredite, mas não sei responder comentários no blog, por isso, posto aqui mesmo. Mas, enfim: questões políticas, então, são tratadas com tamanha irresponsabilidade que fazem corar! A imprensa acaba prestando um deserviço.

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  3. Você é o máximo! Quando você fala é bom que todos em seu entorno escutem e se possível baixem as orelhas.
    Tenho muita admiração e sinto muito orgulho de você.
    Beijos

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  4. Puxa, sem palavras!!!! Também a admiro!!! Amo você.

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  5. Minha ligação com o rádio também começou na Universitária, depois passei pela JOvem FM (tempo do Max), Panorama, Rádio Itajubá, Rádio Alterosa e Rádio Cidade de Brasópolis e hoje na Futura FM.
    Existem diversas formas de se fazer jornalismo, entre elas a forma independente e a forma oficial. A imprensa oficial sim presta um deserviço a todos. As outras que criticam, se não ajudam, pelo menos fazem pensar.

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  6. Júlio, acho que jornalismo independente é pleonasmo. Se não é independente não é jornalismo, é qualquer outra coisa. Eu, por exemplo, digo que deixei de ser jornalista no momento em que passei a fazer assessoria de imprensa. Isso não é jornalismo. Alguns coleguinhas não gostam de ouvir isso, mas é o que eu penso. Jornalismo oficial não existe, o que existe é um serviço de marketing que utiliza os mesmos meios que o jornalismo usa. Nos veículos sérios, há delimitação de espaços, inclusive.

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  7. Oi Célia,
    Acabei de ver seu post no twwiter, estou te seguindo, follow me @DigaoTR. Parece que foi ontem que nos vimos no Pilar quando eu estava em Ita. Foi com uma surpresa enorme e satisfação que vi seu blog, posts tão interesantes, nota 10! Retrata o jornalismo que é feito em nossa querida Itajubá, mesmo de longe tento acompanhar, mas na maioria das vezes sofrível... torço para que volte a ficar ON em um local bacana, abs.

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  8. Rodrigo Teixeira, desejo sucesso pra você. Como sou 'titia' e quase 'avó' nesta profissão, te aconselho a nunca beber de uma fonte só de informação. Há alternativas, que caminham por fora do eixão das grandes empresas de comunicação, que nos dão matéria prima para refletir e conhecer um pouquinho melhor esse mundão. Um abraço.

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