quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Fiscal pra quê?

Numa simples caminhada pelas ruas da cidade, pode-se ver um monte de gente fora da lei. Gente vendendo coisa onde não pode, edificação quase caindo dentro do rio, posto de gasolina em local indevido e por ai vai. Todos esses comportamentos, ou quase todos, estão previstos em alguma peça de lei. Tem Código de Postura, Lei Orgânica, Plano Diretor..... Lei é o que não falta em nosso País e em nossas cidades. Mas por que é que sempre se reclama que as leis não são cumpridas?
O ideal seria que não fosse preciso ter lei para tratar, muitas vezes, de coisas que bastariam ser tratadas com bom senso, boa educação, noção de respeito. Mas não estamos tão evoluídos assim e a educação é um processo lento e gradativo. Por isso, é preciso limitar as ações da pessoas com as tais leis.
Mas elas de nada adiantam quando não são cumpridas. Como é que se resolve isso? Com uma fiscalização eficiente, presente, constante e acompanhada de um processo educativo. Não é simplesmente proibir por proibir, mas é preciso mostrar os porquês de tal e tal coisa ser proibida. E a fiscalização tem que ser insistente, não pode se corromper, tem que ser firme, sem ser autoritária e tem que imputar sanções a quem insiste em transgredir.
Os municípios tem que investir pesadamente em fiscalização, caso contrário serão sempre reféns da 'falta de noção' por ignorância ou proposital de muitos habitantes.
A cidade seria um paraíso se ninguém parasse o carro em local probido, se ninguém jogasse lixo na rua ou no rio, se não se colocasse som além do que nossos ouvidos podem ouvir sem se prejudicar, se ninguém colocasse produtos de lojas nas calçadas, se não houvesse gente vendendo coisas em cada esquina, mas apenas nos lugares permitidos, que seriam limpos e seguros.... Ah, a cidade ideal! Que pode existir sim, desde que o assunto seja tratado como prioridade.

É isso. Mais fiscalização!!!!! E temperada com muita educação.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Cuidado com a matriz!!!

Quando a gente vai ficando madura e amplia nossa consiência sobre nós mesmos, começamos a ver o que sempre esteve a um palmo de nosso nariz, mas passava batido. Entre essas coisas, uma delas é enxergar nossas matrizes (pai e mãe) com mais lucidez. Não estou falando de afeto, amor - para quem nutre esses sentimentos por suas matrizes - falo apenas de enxergá-las como outros seres humanos, diferentes de nós, apesar de ter nos originado.
Muitas vezes, nos reconhecemos na matriz justamente naqueles aspectos que não nos dão o menor orgulho ou prazer de conviver. Sabe aquela velha história: você é igualzinho ao seu pai!!!! Pois é: mesmo que não se queira ou se admita, a matriz é poderosa, como diz minha sábia amiga Flavinha. Difícil ser moldado por ela e sair impunemente, sem 'sequelas'.
Durmamos com este barulho!

sábado, 11 de dezembro de 2010

Costume de passar o chapéu

Assisti ontem à noite, na praça Getúlio Vargas, a uma apresentação de dança do Grupo Marcílio Bastos. A noite estava fresca, pelo menos fora de casa, e o clima me fez pensar num monte de coisa: primeiro, como é gostoso ir à praça à noite, ver o espaço cheio de gente, convivendo e em paz. Adoro quando as pessoas se misturam. Acho que é a única forma de aprender a conviver, a respeitar o diferente, é quando está todo mundo junto misturado, fazendo a mesma coisa. Ali, estávamos todos vendo as apresentações.
Esse é um ponto.
O outro é que, no discurso do Marcílio Bastos, ele agradeceu aos patrocinadores e disse que a Prefeitura estava dando uma grande ajuda ao grupo. É comum que as pessoas pensem assim, que a Prefeitura ajuda isso ou aquilo. Neste caso (assim como em tantos outros), o que acontece é justamente o inverso: quem está 'ajudando' (apesar de não achar que este verbo se encaixe aqui) é o Marcílio e seu grupo. Eles é que estão oferecendo lazer e entretenimento à população, em praça pública. É papel da Prefeitura oferecer saúde, educação.... e cultura, por que não? E a Prefeitura oferece cultura através do trabalho dos artistas da cidade. Ninguém está fazendo favor a ninguém. Esse pensamento, presente inclusive nos artistas, ajuda a manter o equívoco de que artista tem que passar o chapéu para mostrar a sua arte, como se estivesse pedindo um favor.
E por fim...
gostaria de parabenizar o guerreiro e incansável Marcílio, que está às vésperas de apresentar seu show de fim de ano, que está na 29ª edição. Vai ser macho assim não sei onde!!!! Pra manter um grupo vivo, atuante, que não fica só na fala, mas faz de verdade. Marcílio é corajoso, lutador, sério, incansável. Um exemplo de gente que não espera acontecer.
Marcílio Bastos faz a hora! 

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

E agora, José?


A Agência Câmara divulgou hoje notícia sobre parecer da Comissão de Trabalho que é favorável ao projeto que regulamenta a profissão de fotógrafo. O texto prevê adicional de insalubridade. É justo porque, afinal, fotógrafo profissional se mete em cada enrascada. Reórter fotográfico, especialmente, para pegar o melhor ângulo, se arrisca muito. Segundo o texto que está logo aqui abaixo, o fotógrafo, para exercer a profissão, terá que ter curso superior na área. Saia justa para a galera que exerce, com brilhantismo, a profissão sem ter cursado nada, tendo apenas treinado o olhar para captar a melhor imagem, com o conhecimento técnico, que adquirem, na grande maioria dos casos, na prática. De algum tempo pra cá, os jornais, para economizar, tascam uma digital na mão do jornalista e ele é quem faz a foto da matéria. Como fica isso agora? Muita água vai rolar sobre este assunto.
Aqui está a matéria da Câmara dos Deputados:

A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público aprovou na quarta-feira (8) o Projeto de Lei 5187/09, do deputado Severiano Alves (PMDB-BA), que regulamenta a profissão de fotógrafo. O texto define a profissão, determina quem estará qualificado para exercê-la e discrimina as atividades que se enquadram no campo de atuação do fotógrafo profissional.
A relatora, deputada Manuela D'ávila (PCdoB-RS), foi favorável à proposta. "A atividade deve ser regulamentada e reconhecida pelo Estado, que precisa impor condições para o exercício profissional do fotógrafo", disse.
A deputada apresentou emenda ao projeto para assegurar aos fotógrafos empregados o pagamento de adicional de insalubridade. "A atividade é exercida em contato com elementos que podem vir a prejudicar a saúde do trabalhador", argumentou. A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT - Decreto-Lei 5.253/43) prevê pagamento de adicional de 40%, 20% ou 10% do salário mínimo da região, conforme classificação do Ministério do Trabalho em graus máximo, médio e mínimo de condições insalubres de trabalho.
Definições
Segundo o projeto, a atividade de fotógrafo profissional é caracterizada pelo registro, processamento e acabamento final de imagens estáticas ou dinâmicas em material fotossensível.
Poderão ser fotógrafos profissionais os diplomados por escolas de nível superior em fotografia no Brasil, desde que devidamente reconhecida; ou no exterior, desde que os diplomas sejam revalidados no Brasil, na forma da legislação vigente.
Os fotógrafos sem diploma que, à data da promulgação da nova lei, estiverem exercendo a profissão por, no mínimo, dois anos consecutivos ou quatro anos intercalados, também poderão ter reconhecida sua condição de fotógrafos profissionais, mediante comprovação de sua atividade.
Atividades
De acordo com o projeto, a atividade profissional de fotógrafo compreende:
- a fotografia realizada por empresa especializada, inclusive em serviços externos;
- a fotografia produzida para ensino técnico e científico;
- a fotografia produzida para efeitos industriais, comerciais e de pesquisa;
- a fotografia produzida para publicidade, divulgação e informação ao público;
- a fotografia na medicina;
- o ensino de fotografia;
- a fotografia em outros serviços correlatos.
Tramitação
O projeto, que será analisado em caráter conclusivoRito de tramitação pelo qual o projeto não precisa ser votado pelo Plenário, apenas pelas comissões designadas para analisá-lo. O projeto perderá esse caráter em duas situações: - se houver parecer divergente entre as comissões (rejeição por uma, aprovação por outra); - se, depois de aprovado ou rejeitado pelas comissões, houver recurso contra esse rito assinado por 51 deputados (10% do total). Nos dois casos, o projeto precisará ser votado pelo Plenário., será analisado agora pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Notícias gostosas de saber que são reais!

Compartilho com meus poucos, mas especiais leitores, duas notícias deliciosas de se ler. Achei as duas num site que acabei de descobrir, o Catraca Livre. A primeira dá conta das campanhas de doação e troca de livros. Eu, humildemente, lancei isso no twitter, sugerindo que as pessoas, no lugar de dar esmolas quando abordadas em casa, dessem livro. A coisa não foi pra frente porque faltou marketing. A outra fala de um ex-traficante que mudou a vida por ter se apaixnado pelos livros. Ai que coisa boa demais da conta! Aqui estão para que leiam e se deliciem como eu.
A literatura reciclável
Livros para emprestar, doar e trocar. Campanhas de doação e troca de livros vêm se tornando cada vez mais frequentes proporcionando, assim, o acesso mais democrático a leitura.
Libertar um livro não é uma tarefa muito fácil. Mas, o ato de se desfazer de um livro já lido vem conquistando campanhas de incentivo mundo a fora. Só neste ano foram mais de dez ações pela cidade e interior de distribuição gratuita de livros.
A Campanha lançada ano passado, “Doe um livro” ganhou força no twitter e em redes sociais como Facebook. O responsável pela coordenação da ação é o professor da PUC-SP José Luis Goldfard.
Troca de livros
O projeto “Livra Livro” visa fomentar a troca de livros na comunidade virtual. Idealizado pelo mestre em Web Semântica, da PUC-Rio, Samur Araujo para fazer parte do sistema de trocas o usuário faz uma lista dos livros que possui e da lista que deseja. O sistema se encarrega em encontrar e coordenar a troca entre os múltiplos usuários.
O Bookcrossing Brasil um dos maiores projetos de liberação de livros também incentiva seus usuários a trocar, doar e emprestar títulos. Para isso, o usuário poderá acessar a lista de discussão no Yahoo! Groups. Em fóruns do Bookcrossing.com. Na comunidade do Orkut.
Distribuição de livros
Inspirados no projeto Bookcrossing, a Translig empresa de prestação de serviços de moto-frete lançou o projeto “Pegadas da Literatura” e estimula a troca gratuita de livros dos mais variados títulos. O projeto foi iniciado em 2008 e de lá pra cá já foram distribuídos mais de 20 mil títulos em pontos de ônibus, estação de metrô da região de Pinheiros e Vila Madalena.
Campanha Doe Pontos que virarão livros
Pontos da Livraria Cultura agora podem ser revertidos a livros para instituições que vão direto para as bibliotecas destes locais que atendem crianças e jovens. Leia mais.
Ex-traficante produz campeonato de leitura
Gilberto Dimenstein em 08/12/10
Na noite de sábado passado, ventava e caía garoa nas dezenas de crianças espremidas numa viela íngreme e tortuosa de um bairro da periferia de São Paulo (Jardim Ibirapuera), transformada provisoriamente em sala de cinema.
Leia Mais
Ninguém saía do lugar. Estavam atentas ao filme “O Garoto”, mudo e em branco e preto, de Charles Chaplin. Entre as cenas, quem dava dicas sobre o filme (além de mudo, as legendas eram em inglês) era o apresentador Marcelo Tas, que fora atraído para aquela viela por um personagem que daria um roteiro ainda mais interessante do que o que se via na tela: um ex-traficante, Anderson Agostinho (Buiú), 29 anos, que se apaixonou por livros. “Vi que também podia fazer com que as crianças gostassem de ler”, conta Buiú.
Resolveu, então, fazer misturas sedutoras. Montou um campeonato de futebol em que, para participar, todos precisam fazer parte de uma roda de leitura. Ou a leitura que antecede um filme, com direito a pipoca e refrigerante. A tela fica, na viela, em cima da casa de Buiú, até pouco tempo só conhecido por causar medo.
Leia coluna completa no jornal Folha de S.Paulo.

Discutindo a Profissão


Uma das exigências básicas para a construção de uma informação jornalística é a de que se deve ouvir, sempre, os dois (ou mais) lados de um fato. Ao ouvir aquele que acusa, é obrigatório ouvir o acusado. Sabemos que isso, no cotidiano do jornalista, nem sempre é possível e por várias razões. Tem os casos daqueles que não querem ser ouvidos, que fogem do microfone, outros que não são encontrados. Não importa o caso, o jornalista tem que procurar, mesmo que receba um não ou que não seja atendido. Tanto que é muito comum – em veículos zelosos pela ética – ouvir, assistir ou ler: “a reportagem não encontrou o fulano, ligou tantas vezes e não foi atendida, ou fulano disse que não quer dar declarações”. Pronto. Mesmo com o prejuízo para a plenitude da informação, o jornalista cumpriu sua parte.
Ao conseguir ouvir os dois lados, o jornal impresso consegue resolver bem a equação, mas nos programas de entrevistas ao vivo a coisa complica, quando um dispara a metralhadora giratória contra alguém e o tal alguém não pode responder na hora. Fica uma defasagem de tempo e audiência entre uma versão e outra. Se quem acusa falou hoje e o acusado vai falar amanhã, no mesmo horário, há uma defasagem de 24 horas e uma variação da audiência que causam prejuízo à informação completa. Quem ouviu só um dia, vai ficar com uma das versões.
Mas como resolver isso? Promover debates entre os dois, para que ambos tenham condições iguais de espaço? Seria o ideal, mas quem trabalha na área sabe que isso nem sempre, ou melhor, quase nunca, é possível. Os entrevistados não se sentem confortáveis em uma acareação ao vivo.
Como resolver então? Confesso que, apesar de ter apresentado um programa de entrevistas ao vivo, no rádio, por quase cinco anos, não achei a resposta ainda sobre o formato ideal para diminuir, ao máximo, o prejuízo do ouvinte e da verdade dos fatos. Hoje, mais madura, mais consciente, percebo que cometi erros graves neste sentido, ouvindo apenas um lado de um fato. Nunca, porém, cometi este erro propositalmente. Nunca me neguei a ouvir ninguém, seja pra acusar ou defender, criticar ou se justificar. Nunca. Mas isso não diminui o erro. É errado sim colocar mais foco em apenas um lado, destacá-lo em detrimento de seu outro lado. Os jornalistas mal intencionados, porém, fazem isso sem se corar: ouvem um lado só, convidam um lado só, usam e abusam do seu espaço na mídia para puxar a sardinha pro lado que mais lhes convêm. Mas não é disso que eu estou falando. Falo daqueles que querem atuar direito, mas encontram o “obstáculo físico” que determina que um lado seja mostrado longe do outro. O ouvinte, muitas vezes, não junta os dois para completar a informação e fica informado de forma capenga.
Então, acho que cheguei numa frase boa: programa de entrevista ao vivo é capenga. Penso assim até que alguém ou eu mesma me convença do contrário depois.




quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

No rádio, menos é mais!

Minha ligação com o rádio começou com a Universitária, da Unifei. Isso já faz tempo, muito tempo. Época em que eu, adolescendo, dormia com o radinho ligado, ouvindo Maria Betânia, Gal Costa, Chico Buarque, Milton Nascimento, Tom, Elis, João Bosco, Ivan Lins, Caetano. Era o tempo eu que eu tinha estrela nos olhos e sonhava com um herói. Bem, minhas preferências musicais mudaram muito pouco desde aquela época. Tirei da minha lista de preferidos Gal e Caetano, por exemplo. Mas isso não importa. Legal é que a Universitária tinha o som que eu queria ouvir. Alguns monitores eram bem próximos e eu pedia sempre uma seleção de músicas daquelas que eu gostava. O nicaraguense Mário Maurício era um deles. Meu irmão PC também era monitor, fazia locução e tudo.
Depois fiquei anos sem ouvir rádio. Perdi totalmente o costume. Foi uma lacuna e não saberia dizer que rumo as rádios da cidade tomaram. Uma exceção era a Estéreo Sul porque, como tocava na praça e de lá e não saía, eu acompanhava a programação.
Depois de jornalista, minha primeira parada foi numa estação de rádio: era estagiária em 1989 na Jovem FM, em Itajubá. Depois, já diplomada, atuei da Cultura AM, em Campinas, Tropical AM, em Ribeirão Preto, voltei para Jovem em Itajubá, passei pela Itajubá AM e hoje to offline.
Mas tenho ouvido bastante rádio de novo. Já cedo, no carro, acompanho um pedacinho de tudo, ouço até a Voz da Rússia. De quando em vez, a Hora do Brasil.
Bem, mas fiz essa introdução toda - que no jornalismo chamamos de nariz de cera - só pra dizer uma coisinha. Uma só. Acho que falta sobriedade aos apresentadores de programas de notícia. Não sei se uso o termo certo, mas o que quero dizer é que acho as falas muito afetadas. É preciso menos 'gordura', menos risada, menos ironia, menos intromissão, menos palpite, menos chutes, menos paixão, menos amor e menos ódio, menos, menos, menos... Menos é mais!

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Gostei desta notícia também: Portaria ameaça cortar repasses de Cultura para Municípios sem biblioteca

Municípios que não tiverem pelo menos uma Biblioteca Pública Municipal (BPM), em funcionamento poderão perder os repasses do Ministério da Cultura. É o que determina Portaria assinada pelo Ministro da Cultura, Juca Ferreira.
 
O Ministério identificou também, por meio do Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas (SNBP), que alguns dos equipamentos estaduais estão defasados. Por isso, a exigência também se estenderá aos 27 estados e Distrito Federal.
 
De acordo com o Censo Nacional foram encontrados 420 municípios sem biblioteca. O Ministério da Cultura garante que tem enviado material para a implantação das bibliotecas. Kits com 2 mil livros, mobiliário, TV, DVD e computador. Segundo a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), mesmo com os kits, a abertura das bibliotecas implica em gastos, contratação de pessoal, espaço físico e manutenção, verba que a maioria dos Municípios do país não tem.
 
Para a CNM a proposta deve ser discutida e não imposta. O presidente da CNM, Paulo Ziulkoski defende que cada Município instale a sua biblioteca. “Trata-se de uma ferramenta indispensável para educação, mas o seu funcionamento não pode aumentar os custos dos Municípios que estão com as contas estranguladas”, lembra.

Poesia nos ônibus. Adorei esta notícia!

Reproduzo aqui matéria do jornalista Luiz Cesar Fonseca, de Cambuí, que saiu no jornal Gazeta do Vale. Muito legal o tema. Parabéns aos que tiveram a iniciativa. Vale lembrar que projeto igual foi criado em Itajubá, pelo Ulysses, quando era vereador. As poesias seriam colocadas nos ônibus urbanos em Itajubá.




Olavo Bilac, Castro Alves, Manuel Bandeira, Gonçalves Dias, Augusto dos Anjos, Carlos Drummond de Andrade e muitos outros autores consagrados da literatura brasileira viajarão com os passageiros da Viação Princesa do Sul. O projeto ‘Circulando Poesia’ levará fragmentos das obras desses grandes poetas para dentro dos ônibus, possibilitando uma viagem mais agradável pela cidade e estimulando o acesso à cultura. A iniciativa partiu da parceria entre Academia Pousoalegrense de Letras, Academia Juvenil de Letras de Pouso Alegre e Viação Princesa do Sul.
As poesias serão divulgadas em cartazes afixados na parte interna dos 43 coletivos durante o mês de dezembro. Para o presidente da empresa, Rogério Bertoluci, o programa é um ótimo incentivo para disseminar a cultura entre os pousoalegrenses e lembrou que a idéia é pioneira na região.
A Academia Pousoalegrense de Letras (APL), a Câmara Municipal de Pouso Alegre, através da Academia Juvenil de Letras e a Viação Princesa do Sul acreditam que o projeto vai beneficiar a todos, uma vez que levará a cultura a milhares de pessoas que não têm acesso a ela, em suas viagens nos ônibus.
Os fragmentos das poesias foram selecionados pela APL, seguindo um rigor literário. De acordo com Horma de Souza Valadares Meireles, membro da Academia, o nome do projeto é sugestivo. “O povo circulando em um circular que circula poesia. Com o tempo, as pessoas vão entender que o momento do ônibus pode servir para absorver a cultura”.

*Com informações da Ascom/Câmara de Pouso Alegre

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

A angústia da generalidade

Vez e outra me bate uma angústia por ser tão generalista. A vida toda generalista. Tenho uma inveja daquelas pessoas que vão a programas de TV falar sobre um determinado assunto sobre o qual sabem pra caramba. Na minha vida de jornalista, sempre fui generalista. Na Folha, escrevia sobre tudo: cidade, saúde, política, até esporte eu me atrevi uma vez. É certo que a matéria ficou um samba do crioulo doido porque não entendo absolutamente nada sobre o assunto, não acompanho as notícias e não sei falar sobre.
Mas escrevia de tudo um pouco. Na verdade, todo mundo começa assim mesmo. A maioria fica assim pelo resto da carreira, mas alguns se especializam aqui e ali. Claudia Collucci, por exemplo, companheira de Folha, em Ribeirão Preto, especializou-se em reprodução humana e hoje é uma das autoridades - em termos de informação - a respeito. Galeno Amorim era, na mesma época, correspondente do Estadão, em Ribeirão Preto. Especializou-se em assuntos ligados à literatura e à leitura. E assim temos alguns parcos exemplos, aos quais invejo brancamente.
Depois assessorei escolas, entidades, políticos, orquestras, empresas.... Sempre com um leque variado de assuntos para trabalhar, sem aprofundar em um determinado.
Passadas muitas águas embaixo das pontes, tornei-me secretária de Governo, a convite do atual prefeito de Itajubá. Mais uma vez, generalista. Aquela que lida com todo tipo de coisa e com nenhuma delas a fundo. A convite do mesmo, virei secretária de comunicação e a história se repete.
No meio do caminho, entrei para a graduação de Psicologia. Meu objetivo era escrever sobre comportamento. Apaixonei-me pelo estudo do comportamento, graças também à minha excelente professora Gucha. Mas e quem disse que eu consegui, do alto dos quarentão, fazer uma nova graduação de cinco anos? Abandonei, apesar de que o pouco tempo de curso me abriu centenas de portas e janelas na cabeça.
Continuo hoje, 21 anos depois de formada em Jornalismo, com a lacuna da generalidade. O problema é que tanta coisa me interessa.... Um dia me acho!

sábado, 27 de novembro de 2010

Chico leva um pedaço de mim

Vou emprestar Grande Sertão pro meu amigo Chico do PT ler. Livro tem que correr mundo. "Leve ao Chico, o sertão do meu coração", João Guimarães Rosa. Na volta, a gente conversa mais.
Célia

Aprendendo com Riobaldo

(...) a gente carece de fingir às vezes que raiva tem, mas raiva mesma nunca se deve de tolerar ter. Porque, quando se curte raiva de alguém, é a mesma coisa que se autorizar que essa própria pessoa passe durante o tempo governando a idéia e o sentir da gente; o que isso era falta de soberania, e farta bobice, e fato é."


Eu tenho alergia à raiva. Igualzinho minha querida Ana Raquel, que não pode encontrar uma formiga que acaba no hospital, é a raiva a minha formiga venenosa. Entra pelos meus póros, entope minhas veias, até fechar a garganta. Raiva a gente tem que fugir dela. O melhor antídoto é o perdão. Mas é mercadoria custosa de se encontrar por aí. Tem que pelejar pra achar.


Acredito que uma hora dessas, acabo topando com ele por aí. Por enquanto, vou lendo e relendo as divagações tão reais de Riobaldo, autor do pensamento aqui de cima. 

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Alguém aí se habilita?

Estou tentando responder os comentários deixados aqui, mas não estou tendo sucesso. Alguém me explica como faço isso. Por enquanto, estou sendo sem educação e meus visitantes pensam que não estou dando bola para seus comentários. Socorro!!!!!!!!!

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Biblioteca não pode parecer velório. Silêncio!!!


Nos últimos tempos, a falta do quê fazer da nossa juventude tem sido uma das coisas que mais me incomoda. Fico abalada de ver que a moçadinha tem apenas botecos para frequentar nas cidades. Essa preocupação vem ao encontro de uma defesa que sempre faço de políticas de promoção da leitura. Você pode me perguntar: mas você acha que jovem gosta de ler, que trocaria uma mesa de boteco por um livro? Hoje, tenho certeza que não. Pelo menos, a maioria deles fica com o boteco, mas uma política pública que inclua no cardápio de uma biblioteca, atividades de lazer e cultura, música, entretenimento, certamente, atrairá a atenção daqueles que, por falta de conhecer coisa melhor, acabam se entregando ao ócio alcoólico social – que pode se agravar e todo mundo já sabe onde vai dar.
Os municípios podem sim criar bibliotecas públicas que funcionem como centros culturais e pontos de encontro da comunidade. Em vez de álcool, sirvam-se viagens pelos livros e pelas diversas manifestações da cultura, além da literatura. E que funcionem todos os dias da semana e do ano, à noite também. Basta querer e colocar na pauta de prioridade. E isso quer dizer: colocar no Orçamento e no Planejamento.
A biblioteca deve começar a atrair desde o menorzinho ‘ leitor’, antes mesmo que ele aprenda as letras. Ele vai aprender a ler um monte de coisas na vida. Ler oportunidades, criatividade. Ler o mundo que o cerca. A leitura é uma extensão da memória e da imaginação, com ela vislumbra-se a possibilidade de transformar o mundo, de melhorar a vida. Se cultivada desde cedo, certamente será mantida na juventude e na idade adulta. E todos têm a ganhar, em todos os sentidos: quem lê aprende a viver melhor a respeitar o mundo em que vive.
As bibliotecas costumam parecer uns velórios; tudo quieto, gente cochichando, aliás, os velórios costumam ser mais animados. E não deve ser assim: bibliotecas têm que ser vivas, dinâmicas, movimentadas, com atividades que formem leitores de mundo e não apenas os atendam.
Por bibliotecas vivas, mesmo que sem o dinheiro suficiente para proporcionar um espaço tecnologicamente sofisticado. Ler, seja lá como for, é que é uma sofisticação só!


quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Noite entre letras!

Irresistível. Quando descubro uma notícia dessas, fico louca para escrever a respeito. No blog Livros e Afins, que está entre os meus favoritos, li a notícia de uma iniciativa em Curitiba, em que 45 alunos de uma escola pública dormiram numa biblioteca. Sabe aquela mania que as crianças têm de querer dormir, em penca, na casa de um da turminha? Por aqui, chamam de noite do pijama. Tem escola que leva a molecada pra dormim na própria escola. Mas lá em Curitiba, levaram para passar a noite entre os livros.
Ah, que pena que eu não estava entre eles!!! Já imaginaram o que é passar a noite entre as estantes, escolhendo o livro que quiser para ler? Aposto que alguns deles vão escolher aqueles de histórias de terror, para contar em voz alta e matar todo mundo de medo. Se eu tivesse lá, faria isso.
E abrir um livro cheio de cores, ver bichos que nunca se viu em carne e osso, descobrir a cara que teria um Robinson Cruzoé, ver o namoro entre o gato malhado e andorinha sinhá? A noite toda desobrindo personagens, histórias fantásticas? Aposto que eles acordaram no dia seguinte com a curiosidade despertada, com os olhos brilhando (talvez vermelhos de sono), mas brilhando de ter passado uma noite intiera descobrindo e descortinando o mundo sem ter que nem sair do lugar.
Parabéns à essa iniciativa, que me faz ter saudade do projeto Letras para Todos, que criei enquanto exercia a função de Secretária de Governo em Itajubá. Saudade....... do Letras para Todos!

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Cultura, minha gente!

Hoje, uma das notícias da pauta nacional (que se repete em todos os veículos) é a aprovação do Plano Nacional de Cultura, que segue para sanção do Presidente Lula. Fruto de um debate com a sociedade, o PNC traça as diretrizes da política cultural para os próximos 10 anos. Não conheço o plano, mas vou procurar saber dele porque, a mim, muito interessa esse assunto.
Mas independente de que eu não conheça o plano, sei que na Câmara dos Deputados há alguns projetos, a princípio, muito interessantes como o vale-cultura, outro que define um percentual mínimo de investimento em cultura por parte dos municípios, estados e União. Seriam 2%. Hoje, o percentual é mínimo mesmo, menos de 1% em grande quantidade dos orçamentos municipais.
Mas um aspecto que eu acho o mais bacana de todos é tratar a cultura como uma atividade também econômica. É a economia da cultura. Um empreendimento cultural emprega pessoas, movimenta o mercado dos insumos básicos para a realização das atividades, faz girar dinheiro nas cidades. Não é "viadagem" como podem pensar os cabeças-duras. A indústria do Carnaval no Rio de Janeiro que o diga. Quanta gente empregada, quanto dinheiro circulando.
Nas cidades menores, guardadas todas e as devidas proporções, o teatro, o canto coral, a dança, a arte plástica, a culinária... Tudo o que faz parte da cultura daquele município pode ser tratado, pelo poder público, como uma atividade econômica, que pode gerar mais divisas para o município. Isso sem falar do turismo que vem como consequência.
Os prefeitos precisam, pelo menos, passar a enxergar a cultura assim, se não dão a ela a importância que ela já tem para o desenvolvimento da população.
É isso! Vou conhecer agora o Plano Nacional de Cultura.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Encontrei a resposta

Sempre me atormentou a culpa de não ter conseguido cantar: seja no bar, no palco de um show, pra gravar um CD. Afinal, comecei minha juventude cantando em grupo, num coral que encantou a cidade. Afinada, com boa voz, uma extensão razoável.... por que não cantar então?
Das vezes que tentei cantar só, apenas com o acompanhamento de um instrumento, me perdia no ritmo, não conseguia pegar o tom, era vencida pelo nervosismo.
E assim foi indo, por toda a vida, com aquele desejo reprimido de não ter sido o que eu realmente não dei conta de ser.
Ao ouvir uma bela canção, porém, me entrego, lagrimo, me toma um desejo de cantar pra muita gente ouvir.
Hoje, descobri porque nunca consegui: eu não tenho identidade própria no meu canto, não sei cantar de um jeito meu, não crio no cantar. Apenas gosto de cantar acompanhando a voz que sai da caixa de som. A voz de outra ou outro, que é como se entrasse pelo meu ouvido e saísse da minha boca. Não preciso mais ficar com culpa porque, afinal, não sou artista. E muito menos uma artista desperdiçada. Tenho apenas a habilidade de manter a afinação na melodia. Só isso. Nada mais que isso. E isso não dá a ninguém a condição de ser artista.
Estou em paz, com o canto afinado, que não é meu. É das vozes de Mônica Salmaso, Cássia Eller, Paula Morelembaun a quem gosto de ouvir e cantar junto.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Praças da liberdade e da cultura

Hoje, descobri que uma antiga rádio de Itajubá está de volta, só que agora apenas na Internet. É a Estéreo Sul, que tocava nos alto-falantes da Praça Theodomiro Santiago, no centrinho de Itajubá. Eu era adolescente, ia todas as tardes, fim de tarde, pra praça, para encontrar a meninada da mesma idade. A Estéreo Sul mandava recados pra gente, às vezes. Uma vez recebi não um recado, mas uma poesia que era uma verdadeira declaração de amor. Lembro-me que começava mais ou menos assim: "eternos meninos brincando de roda em meu coração....".
Topar de novo com a Estéreo Sul, que hoje é http://www.estereosul.com.br/, me fez pensar nas praças da minha cidade. Tenho um sonho hoje, de morar em frente a uma delas, abrir a janela e ver as árvores, bancos com gente, alegria, movimento.... Toda praça deveria ter muita luz, pra que as noites fossem cheias de gente passeando, tomando sorvete, namorando. Tinha que ter brinquedos pras crianças, música no coreto... Todas as praças.
Todo fim de semana, uma atração para levar gente de todas as idades, de todos os lugares da cidade e em todas as praças ao mesmo tempo. Você poderia escolher em qual ir, dependendo da programação de cada uma: teatro na rua, cinema à noite, música o dia todo, praça de lazer, dia de distribuir livros ou deixá-los sobre os bancos...
Ah, as praças são uma delícia, só precisam ser mais bem aproveitadas.

Bullying e inclusão escolar são tema de seminário de Pedagogia em Itajubá

A realidade das agressões praticadas dentro da escola, conhecidas como bullying, é um dos temas do I Seminário de Pedagogia – EAD (Educação a Distância), que acontece em Itajubá nos dias 11 e 12 de novembro, no Instituto Educacional Livre Ofício, no Sesi. O Instituto é pólo do Grupo Educacional Uninter, que oferece curso de licenciatura em pedagogia e cursos superiores de tecnologia. A função do pedagogo, inclusão escolar e mitos e verdades sobre a educação a distância são os outros temas da programação do seminário.
O evento é aberto ao público, bastando que o interessado confirme sua presença até o dia 9 de novembro pelo telefone 3623-5068 ou por email secretaria@livreoficio.com.

A realização do seminário foi uma iniciativa da própria turma de Pedagogia para discussão dos novos desafios impostos à função. Para a tutora da turma, Miriam Ribeiro de Oliveira Rodrigues, o desafio maior é o conhecimento, no entanto a realidade apresenta novas demandas, exigindo um posicionamento em relação aos novos desafios que se opõem para a educação e que devem ser trabalhados neste contexto por toda a comunidade escolar. O bullying, a inclusão, a educação a distância são algumas das ‘novas’ pautas colocadas na ordem do dia do profissional de educação.


Convite
I Seminário de Pedagogia – EAD
11 e 12 de Novembro 2010
11/11/10
“Bullyng” nas Escolas – Palestrante: Maria Suely Mota
A Função do Pedagogo – Palestrante: Sandra de Paula Ávila
12/11/10
Inclusão Escolar – Palestrante: Wolkmar Guimarães
Mitos e Verdades sobre EAD – aluna Silvana Costa
11/11/10
“Bullyng” nas Escolas – Palestrante: Maria Suely Mota
A Função do Pedagogo – Palestrante: Sandra de Paula Ávila
12/11/10
Inclusão Escolar – Palestrante: Wolkmar Guimarães
Mitos e Verdades sobre EAD – aluna Silvana Costa
11/11/10
“Bullyng” nas Escolas – Palestrante: Maria Suely Mota
A Função do Pedagogo – Palestrante: Sandra de Paula Ávila
12/11/10
Inclusão Escolar – Palestrante: Wolkmar Guimarães
Mitos e Verdades sobre EAD – aluna Silvana Costa

Interessados favor confirmar presença até o dia 09/11 pelo e-mail:
secretaria.itajubá@livreoficio.com ou pelo telefone (35) 3623-5068
Local: Instituto Educacional Livre Ofício
Avenida dos Ferroviários, 725 – Itajubá - MG

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Bullying em pauta hoje na Rede Minas

A escritora itajubense, Regina Rennó, estará no programa Brasil das Gerais da Rede Minas para falar sobre o conteúdo de um de seus mais recentes títulos: "Eu no Espelho", da Editora do Brasil, conta uma história de bullying na escola. O tema, atual mais do que nunca, já foi abordado por Regina em outra publicação, o livro "Ninguém é igual a Ninguém". Ambos são da coleção Ludo Ludens. O mais recente destinado ao público infanto-juvenil e o primeiro, para a criançada.
O programa Brasil das Gerais vai ao ar às 19h, com apresentação de Roberta Zampetti.

Txai, grupo vocal mineiro, participa do 1º Festival Internacional da Venezuela




Festival acontece até 19 de novembro nas cidades de San Felipe, Barquisimeto, Valência e Caracas



O grupo vocal Txai, de Belo Horizonte, participa do 1º Festival Internacional de Bandas Vocais da Venezuela, que vai até o próximo dia 19 de novembro. O convite para o grupo mineiro partiu da Fundación Soco Voz, que comemora dois anos de existência com a realização do festival.
O evento acontecerá nas cidades de San Felipe, Barquisimeto, Valência e Caracas, com o objetivo de integrar os povos através da música vocal, como expressão carregada de memória histórica e herança cultural.

Para Epifanio Ochoa, Gerente Geral da Fundação Soco Voz, a participação do grupo mineiro é importante para o intercâmbio artístico e sócio-cultural entre os dois países e, ao mesmo tempo, uma oportunidade de adquirir novas experiências.

O Txai fará várias apresentações na Venezuela, além de visitar ambientes como o Sistema Nacional de Coros e Orquestras, a Universidade Experimental de Yaracuy e participar de programas de rádio.

TXAI
O TXAI é formado por cinco vozes que trilham o caminho da música brasileira imprimindo um novo olhar sobre o cancioneiro popular através da formação acadêmica e multidisciplinar das integrantes.
Unidas pelo interesse em inovar o conceito de grupo vocal, o TXAI foi criado no final de 2007 por alunas do curso de música do Centro de Formação Artística do Palácio das Artes, UFMG, e UEMG. Além da sensibilidade de cantoras que atuam no cenário do samba, MPB, soul e rock de BH, o grupo tem como diferencial a concepção de arranjos próprios, que ficam a cargo da líder do conjunto, Clarissa Veiga.
O TXAI homenageia a música mineira tanto com canções do Clube da Esquina quanto de jovens compositores do Estado, em interpretações que recriam nossa rica herança harmônica e que provam que ela se renova com jovens talentos. O repertório também conta com obras de Almir Sater, Rita Lee, Tom Jobim e Mozart, transformando a Marcha Turca num contagiante samba. Já reconhecido e elogiado por grandes nomes do cenário musical como Milton Nascimento, Flávio Henrique, Gabriel e Yan Guedes, Telo Borges, Nestor Lombida, Fredera, Kiko Continentino e Wagner Tiso, o TXAI conquista grandes platéias como o Grande Teatro do Palácio das Artes, onde foi destaque merecido no espetáculo CEFARCONCERTO cantando Amor de Índio em homenagem a Beto Guedes.
Com uma vida frutífera e crescente, o TXAI já é convidado de grandes eventos como o "Festival Internacional de Corais” - como artista convidado e, em Maio de 2010 levou o consagrado Juarez Moreira como convidado especial de seu show. Contando com Artênius Daniel (piano), Gládson Braga (percussão) e Diego Mancini (violão e baixo elétrico e acústico) e acreditando no potencial da formação acadêmica como ponto de partida para celebrar e recriar a música, o TXAI leva para o palco o carisma e a capacidade de cinco jovens mineiras em busca de novas perspectivas para as harmonias e melodias que pairam sobre Minas Gerais.
O Txai:
Ana Rennó
Mariane Limma
Fernanda Pessoa
Lívia Flor
Clarissa Veiga


Páginas na web:

Site: www.maestriaprodutora.com.br  ver: TXAI
Orkut: Txai
Comunidade: Txai
E-mail:grupovocaltxai@gmail.com
Youtube:  http://www.youtube.com/watch?v=NJip2ebxclQ grupo vocal txai, Amor de índio (com duração de 5:02 seg)
http://www.youtube.com/watch#!v=m3GiTB2gfgE&feature=related grupo vocal txai, marcha turca aos olhos de 5 brasileiras

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Estou em paz!

Acordei neste dia de todos os santos, com a paz dentro do coração. Há alguns meses, venho sofrendo com o veneno que tenho visto se espalhar entre as pessoas, por conta da disputa eleitoral. Foi uma pena que a discussão programática tenha sido relegada a planos menores, que nem sempre foi possível manter o equilíbrio para defender seus pensamentos, diante de tanta desinformação, apelos de mau gosto, mistura de temas inoportunos, banalização de temas tão importantes pra todos nós.
Apesar disso, tô muito feliz com a eleição da Dilma. Acredito do governo do Presidente Lula e tenho certeza de que nossa presidente trilhará caminhos semelhantes. E viva o Brasil!

domingo, 31 de outubro de 2010

Quem é artista

Não sei por que fiquei com vontade de escrever sobre isso hoje. Mas vou lá: às vezes penso em como identificar aquele que é artista daquele que não é. Não tenho conhecimento teórico nenhum sobre o tema, mas acho que o artista é aquele que a gente reconhece em sua obra. Tem um traço, um caminho, uma unidade (sem que isso signifique mesmice) em sua obra, seja ela plástica, musical, cinematográfica. Você reconhece a assinatura do artista em todo o conjunto, mesmo que em épocas diferentes da produção daque artista.
Quem tem o seu próprio 'traço' nunca copia, não reproduz o que outro criou. Ele é quem cria. Tô certa ou tô errada?

sábado, 30 de outubro de 2010

Quem te viu, quem te vê

Tô pensando em aqui em ter um programa de rádio para que eu possa dividir não as notícias, como fiz em minha "vida rádiojornalística", mas um programa de música, que se chamaria No tempo da delicadeza, para apresentar as melhores e mais delicadas canções feitas pelos nossos geniais compositores como Chico (claro, ele sempre em primeiro lugar na minha listinha), Tom Jobim, Cartola, Gil, Cássia Eller, que, apesar de toda firmeza de voz tinha uma incrível delicadeza em suas composições, Cazuza e tantos outros que admiro.
Será que alguém ouviria meu programa?

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Só sei que sou assim!

Não é só de política que eu gosto. Tenho um lado bem diferente, nada nada politicamente correto, mas nem por isso menos gostoso de curtir. Se eu tivesse mais dinheiro, colocaria em prática meu consumismo, mas a falta do dim dim me põe freio. Ah, mas se eu pudesse, ia às compras de manhã, tarde e noite (e de madruga pela Internet). Adoro ver coisas de casa, paninhos de cozinha, enfeites, garrafas de vidro, copos, xicrinhas coloridas, luminárias fofas. Gosto de estilos tão variados que nem saberia por onde começar se a sorte me reservasse um prêmio da Mega Sena. Gosto de coisas da Índia, dos EUA, do Japão, do Brasil........ Gosto de coisa bonita seja de onde for. E tenho um quê pelas coisas antigas. Visual retrô é um sonho.
Descobri um blog bem legal chamado Casa da Chris, que tem de tudo um pouco, das coisas que gosto. É de uma jornalista, assim como eu, que tem livros publicados, assim como eu, e tem um blog para falar das coisas qe gosta, assim como eu.
Sei lá, só sei que sou assim!

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Está chegando a hora da gente decidir o que quer pra nós mesmos

Posto aqui no blog uma carta (longa demais, segundo a Nilda Bitencourt) que enviei hoje aos meus amigos de Itajubá, Juiz de Fora e Ribeirâo Preto, além da família. Divido com vocês também.
Boa leitura!
 
Pessoal, estou enviando esta carta para amigos do Coral de Milho Verde, amigas de Juiz de Fora - da faculdade e da república - amigos e família de Ribeirão Preto, aos meus irmãos e alguns primos, aos amigos de Itajubá, velhos e novos.
Se você não tem mais paciência com a propaganda eleitoral (porque, realmente, está todo mundo saturado, incluindo nós, que estamos em campanha), mesmo assim peço que preste atenção ao que escrevo. Peço, com mais ênfase, a quem está em dúvida em quem votar pra Presidente, que preste ainda mais atenção e, se concordar com o que eu penso, me acompanhe nessa.
Eu vou votar na Dilma porque ela (independente de ser simpática ou não, bonita ou feia, desenvolta ou não) representa o projeto de desenvolvimento pro nosso Brasil que eu acredito e sempre acreditei.
Lula fez o Brasil crescer de verdade, a partir do bem estar do ser humano, em especial, dos mais pobres. Não estou falando de nós, que formamos esse grupo seleto de gente que estudou, que tem acesso à saúde, ao lazer, ao trabalho. Estou falando de milhões de pessoas que vivem em nosso imenso Brasil e que nunca antes tiveram uma política pública forte o suficiente para tirá-los da miséria. Basta olharmos à nossa volta pra constatarmos isso. Ninguém (mesmo aqueles que não vão com a cara do PT) pode negar isso. O mundo reconhece a importância do governo Lula para o desenvolvimento do Brasil.
Lula proporcionou um ciclo positivo de crescimento, cuja base foram os mais pobres: as pessoas puderam adquirir bens básicos e se alimentar melhor, o comércio, por sua vez, ficou mais forte, a indústria, idem.... Enfim, a economia cresceu em níveis nunca antes experimentados pelo Brasil. Foram gerados 15 milhões de empregos com carteira assinada.
Entendo que seja difícil pra muita gente entender que esse é o principal foco dessa eleição (porque muita gente quis desviar dele): é definir qual o projeto de desenvolvimento que a gente acredita: se é este que valorizou o ser humano, dando-lhe a dignidade de volta, ou se é aquele outro que não teve esta preocupação nem muito menos agiu nessa direção. Há muitos aspectos a serem observados, claro, mas eu destaco os que eu acho fundamentais para dar base pra nossa decisão: Lula ampliou o ensino superior público (Unifei é prova disso); criou o ProUni, dando chance de estudar no ensino privado a mais de 700 mil jovens, criou mais de 200 escolas técnicas federais. Isso é revolucionário para a educação do país, abrindo espaço pra cada vez mais gente estudar no ensino público.
Se tivesse sido só isso, pela Educação e pela diminuição da miséria, já estaria bom, mas ele fez muito mais e basta procurar que a gente encontra as coisas transformadoras que ele proporcionou pro povo brasileiro.
Nunca me iludi de que não haveria casos de corrupção no governo. Houve casos (porque onde há pessoas envolvidas, este risco sempre existiu e continuará existindo e em qualquer ambiente, seja público ou privado) e, felizmente, nós todos pudemos ver. Isso porque instituições como a Polícia Federal, o MP, a CGU foram fortalecidos neste governo e a transparência foi muito maior do que nos governos anteriores. A diferença entre um governo e outro não está apenas no volume de casos de corrupção, mas na postura que o governo assume quando descobre a corrupção e no quanto é transparente e corajoso para enfrentá-la.
Todo mundo sabe também que não é possível fazer tudo que é preciso. O Brasil é um país gigante e mantinha uma dívida social com o povo brasileiro de 500 anos. Muita coisa deixou de ser feita, é claro. Ninguém que defenda este governo com lucidez pode ignorar que há muitos problemas, enormes problemas a serem enfrentados.
Por último, peço-lhes que tenham boa vontade de procurar informações sobre a política e sobre o Brasil e o mundo em fontes diferentes daquelas que vêm, ao longo dos anos, sendo nossa única geradora de notícias: refiro-me às empresas de comunicação que dominam a comunicação de massa no país. Assim como Chico Buarque falou dia desses, que o Governo Lula não cortejou os poderosos de sempre, ele não cortejou também os poderosos da comunicação de sempre. Por isso - e por ideologias distintas - a grande imprensa nunca olhou este governo com bons olhos. Por isso, repito, procure fontes alternativas de informação, de gente séria, responsável, mas que não se rende ao pensamento único e elitizado a que fomos submetidos até então. A Internet é uma ferramenta importante nessa hora, desde que saibamos a fonte da informação para avaliarmos se se trata de coisa séria ou não. Todos nós deste grupo que recebe minha carta temos critérios para diferenciar uma coisa da outra.
Pessoal, haveria muito mais o que dizer, para debater posições diferentes, inclusive, mas não dá. Por isso, peço que pensem no que disse e me acompanhem votando na Dilma pra Presidente.
Obrigada pela paciência de todos. Um beijão. Saudade dos que estão longe e até logo aos que estão por aqui mesmo.
Celinha
 

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Vale à pena acessar outras falas e escritas

Não resisti e estou postando aqui uma carta que um mineiro de Além Paraíba enviou para o jornalista Ricardo Noblat, do jornal O Globo. Esta mesma carta foi publicada pelo também jornalista Rodrigo Vianna, em seu blog (http://www.rodrigovianna.com.br/). Rodrigo Vianna trabalhou na Cultura, na Globo e em outros grandes veículos de comunicação. Neste momento delicado para a imprensa brasileira, em que os grandes grupos empresariais da comunicação estão sendo colocados em cheque (ou seria xeque? realmente não sei) em sua credibilidade e apartidarismo, tenho lido vários jornalistas de respeito, com carreiras consolidadas e reconhecidas, que estão se juntando em coro contra o chamado PIG, o Partido da Imprensa Golpista, liderado pelos caciques da comunicação.
Os membros do PIG estão se juntando contra os tais conselhos de comunicação porque, na verdade, a intenção é democratizar o acesso aos meios e não mantê-los restritos aos poderosos de plantão. Aliás, Chico Buarque disse dia desses que o Governo Lula não cortejou os poderosos de sempre.
Voltando à prosa: jornalistas livres, que escaparam do domínio dos poderosos patrões que ditam o tom da pauta, têm escrito coisas brilhantes em veículos também livres. E nesse item liberdade, a Internet está se mostrando revolucionária. Convido as pessoas que até hoje tiveram apenas as versões dos grandes jornais, emissoras de TV e revistas, a conhecerem o que andam dizendo por aí os jornslistas de escrita e fala diversas: Procurem por Luiz Nassif, Observatório da Imprensa, Rodrigo Vianna, e outros que vou lembrar e indicar para vocês.
Abaixo, a carta ao Noblat. Se eu pudesse, seria também signatária dela:

Publico a carta aberta de Carlos Moura (aposentado, fotógrafo, redator de jornal de interior, sócio de uma pequena editora de livros clássicos e coordenador da Ação da Cidadania em Além Paraíba-MG) para o jornalista de “O Globo” Ricardo Noblat.
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Noblat
Quem é você para decidir pelo Brasil (e pela História) quem é grande ou quem deixa de ser? Quem lhe deu a procuração? O Globo? A Veja? O Estadão? A Folha?
Apresento-me: sou um brasileiro. Não sou do PT, nunca fui. Isso ajuda, porque do contrário você me desclassificaria,  jogando-me na lata de lixo como uma bolinha de papel. Sou de sua geração. Nossa diferença é que minha educação formal foi pífia, a sua acadêmica. Não pude sequer estudar num dos melhores colégios secundários que o Brasil tinha na época (o Colégio de Cataguases, MG, onde eu morava) porque era só para ricos. Nas cidades pequenas, no início dos sessenta, sequer existiam colégios públicos. Frequentar uma universidade, como a Católica de Pernambuco em que você se formou, nem utopia era, era um delírio.
Informo só para deixar claro que entre nós existe uma pedra no meio do caminho. Minha origem é tipicamente “brasileira”, da gente cabralina que nasceu falando empedrado. A sua não. Isto não nos torna piores ou melhores do que ninguém, só nos faz diferentes. A mesma diferença que tem Luis Inácio em relação ao patriciado de anel, abotoadura & mestrado. Patronato que tomou conta da loja desde a época imperial.
O que você e uma vasta geração de serviçais jornalísticos passaram oito anos sem sequer tentar entender é que Lula não pertence à ortodoxia política. Foi o mesmo erro que a esquerda cometeu quando ele apareceu como líder sindical. Vamos dizer que esta equipe furiosa, sustentada por quatro famílias que formam o oligopólio da informação no eixo Rio-S.Paulo – uma delas, a do Globo, controlando também a maior  rede de TV do país – não esteja movida pelo rancor. Coisa natural quando um feudo começa a  dividir com o resto da nação as malas repletas de cédulas alopradas que a União lhe entrega em forma de publicidade. Daí a ira natural, pois aqui em Minas se diz que homem só briga por duas coisas: barra de saia ou barra de ouro.
O que me espanta é que, movidos pela repulsa, tenham deixado de perceber que o brasileiro não é dançarino de valsa, é passista de samba. O patuá que vocês querem enfiar em Lula é o do negrinho do pastoreio, obrigado a abaixar a cabeça quando ameaçado pelo relho. O sotaque que vocês gostam é o nhém-nhém-nhém grã-fino de FHC, o da simulação, da dissimulação, da bata paramentada por láureas universitárias. Não importa se o conteúdo é grosseiro, inoportuno ou hipócrita  (“esqueçam o que eu escrevi”, “ tenho um pé na senzala” “o resultado foi um trabalho de Deus”). O que vale é a forma, o estilo envernizado.
As pessoas com quem converso não falam assim – falam como Lula. Elas também xingam quando são injustiçadas. Elas gritam quando não são ouvidas, esperneiam quando querem lhe tapar a boca.  A uma imprensa desacostumada ao direito de resposta e viciada em montar manchetes falsas   e armações ilimitadas (seu jornal chegou ao ponto de, há poucos dias, “manchetar”  a “queda” de Dilma nas pesquisas, quando ela saiu do primeiro turno com 47% e já entrou no segundo com 53 ) ficou impossível falar com candura. Ao operário no poder vocês exigem a “liturgia”  do cargo. Ao togado basta o cinismo.
Se houve erro nas falas de Lula isto não o faz menor, como você disse, imitando o Aécio. Gritos apaixonados durante uma disputa sórdida não diminuem a importância histórica de um governo que fez a maior revolução social de nossa História.  E ainda querem que, no final de mandato, o presidente aguente calado a campanha eleitoral mais baixa, desqualificada e mesquinha desde que Collor levou a ex-mulher de Lula à TV.
Sordidez que foi iniciada por um vendaval apócrifo de ultrajes contra Dilma na internet, seguida das subterrâneas ações de Índio da Costa junto a igrejas e da covarde declaração de Monica Serra sobre a “matança de criancinhas”, enfiando o manto de Herodes em Dilma. Esse cambapé de uma candidata a primeira dama – que teve o desplante de viajar ao seu país paramentada de beata de procissão, carregando uma réplica da padroeira só para explorar o drama dos mineiros chilenos no horário eleitoral – passou em branco nos editoriais. Ela é “acadêmica”.
A esta senhora e ao seu marido você deveria também exigir “caráter, nobreza de ânimo, sentimento, generosidade”.
Você não vai “decidir” que Lula ficou menor, não. A História não está sendo mais escrita só por essa súcia  de jornais e televisões à qual você pertence. Há centenas de pessoas que, de graça,  sem soldos de marinhos, mesquitas, frias ou civitas, estão mostrando ao país o outro lado,  a face oculta da lua. Se não houvesse a democracia da internet vocês continuariam ladrando sozinhos nas terras brasileiras, segurando nas rédeas o medo e o silêncio dos carneiros.
Carlos Torres Moura
Além Paraíba-MG

Rua Alcides Faria, Itajubá

Encontrei ontem à noite, dentro do Leite Derramado (livro do Chico Buarque, que estou lendo) um recorte de jornal que mostrava o meu avô, Tota Rennó, quando prefeito. Isso em 1900 e bolinha. A foto mostrava o "excelentíssimo prefeito Tota" - conforme linguagem do jornal - o chefe de engenharia da Prefeitura à época, Aureliano Chaves (que num futuro longínquio chegaria à vice-presidência da República), meu tio, engenheiro Benedito Rennó e outros.
O texto dava conta de que se estava fazendo a pavimentação da Rua Alcides Faria. Esta é a rua que passa na Wizzard, Restaurante CasaGrande, antigo bar do Sô Chico, loja Convenience e outras. Segundo a reportagem do jornal, tratava-se da primeira pavimentação de rua da cidade.
Não sei dizer se esta informação está correta. Será que toda a cidade era de rua de terra batida? Será que a pavimentação começou pela Alcides Faria? Não sei. Naquele tempo, eu ainda estava nos planos de Deus.
Bem, mas o que me chamou a atenção, independente de ser ou não a primeira rua a ser pavimentada, é que o pavimento está lá até hoje. Dia desses, ouvi alguém dizer que era um dos mais duradouros da cidade.  E parece ser mesmo - pelo menos segundo o jornal da época. A matéria comentava sobre uma nova tecnologia de calçamento, os "Brokrets articulados". Tecnologia alemã que tinha um representante no Brasil. A figura estava lá, inclusive, ajudando meu avô a inspecionar a obra.
Bem, fica a pergunta: os pavimentos de antigamente eram melhores que os de hoje? A tecnologia avançou ou retrocedeu?
É isso. Vamos pensar.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Estar na política

Quem me conhece sabe que eu tenho formação em jornalismo. Exerci a profissão por 20 anos, mas, de uns tempos pra cá, deixei o ofício de lado para me dedicar mais à assessoria e, mais especificamente ainda, à assessoria político/eleitoral.
Não e fácil estar na política e é mais complicado ainda quando se está em momento eleitoral, em que os debates se acirram e as conversas das pessoas misturam um pouco de tudo: informação importante, boato, opinião com fundamento, palpite, preconceito, enfim, é uma sopa cheia de ingredientes que, muitas vezes, não combinam.
Mas de tudo o que tenho vivenciado neste momento eleitoral - pós eleição do Ulysses, que ganhou pra Deputado Estadual em Minas - o que mais me chama a atenção é o quanto muita gente rejeita a política e vê com péssimos olhos a participação neste movimento. Outro dia, no meu twitter, um tuiteiro não-identificado disse estar decepcionado comigo porque eu tinha entrado para a política. Ele falava como se eu tivesse entrado para o crime ou para o submundo das drogas, do tráfico ou algo semelhante.
E muito me entristece que as pessoas enxerguem apenas o lado ruim da política. É claro que tem o lado ruim, que tem pessoas que não valem à pena, gente que quer fazer o mal através da política. Mas, me responda você: algum ambiente está livre disso? Não há problemas gravíssimos nas igrejas, nos sindicatos, nos clubes de futebol, nas associações de moradores, nos partidos, no meio privado, nos clubes de serviços? Em qualquer espaço onde há pessoas, há pessoas bem e mal intencionadas, pessoas que praticam o bem e o mal. Não há um espaço sequer em que não exista essa realidade.
A política, a participação na vida da sociedade através dos partidos políticos - que são legítimos espaços de participação organizada - é a forma mais concreta de intervir na sociedade. Atuar como agente ativo (pleonasmo?) na transformação da sociedade é uma tarefa nobre, que requer coragem, paciência, dedicação. Os políticos tem esta importante missão. Agora, se tem políticos que usam essa ferramenta pra se promover, se enriquecer e não estão nem aí com o bem estar da comunidade, nossa obrigação é tirá-los do circuito, não votando neles nunca mais.
Mas nunca podemos generalizar e colocar no mesmo balaio aqueles das boas intenções e ações com aqueles que usam mal essa importante atuação política.
Essa visão, de que a política é saudável, importante, essencial para a organização da socidade, deve ser trabalhada nas pessoas desde muito cedo. O cidadão tem que conhecer o movimento político, conhecer os poderes e suas funções, seu papel. Deve conhecer para não ter repulsa, para olhar para a política com olhar crítico e não com olhar de rejeição absoluta, o que em nada contribui. Quem rejeita a política está fazendo papel pior do que aquele que a usa mal.
Luto pela Educação Política para todos e todas, desde o início, especialmente, para aqueles que ainda estão conhecendo o mundo. Certamente este mundo será melhor se jovens, adultos e até crianças compreenderem a importância da política e diferenciarem o que é bom do que deve ser jogado fora.
É isso! Boa semana a todos!

domingo, 24 de outubro de 2010

Socorro, Ditinha!!!!!!!!!!!!

Tenho muita coisa que gostaria de falar aqui, na primeira blogagem neste blog que minha Clarinha fez pra mim. Queria falar do filme que vi hoje, na Anna, filha do Luiz, que teve com a gente hoje, nas ideias que tô tendo para os próximos anos, na minha mãe, com suas esquisitices, na dor do meu pai, no Grande Sertão Veredas, que acabei de ler, no Chico Buarque, que comecei a ler ontem, no Ivan, adolescendo, no Caio, quase na facul.............. Nem sei por onde começar. Socorro!!!!!!!!!!! Não tem começo que seja justo porque todas as coisas são dignas de um começo.
Mas a vida é de escolhas e eu tenho que escolher qual será o primeiro texto a postar aqui neste espaço que a minha Clarinha fez pra mim. Resolvi, então, começar pela própria: a Clarinha. Minha querida sobrinha, que tá fora da caixa e dentro do meu coração.
Fora da Caixa é o blog dela. Ainda tenho que estudar muito pra entender essa metáfora ou seja lá o que for que ela quis dizer com isso. Pra mim, Clarinha está fora da caixa das maldades, fora da caixa da falsidade, fora da caixa da burrice. Tá dentro da caixa do amor, da meiguice, da inteligência, do carinho, dos animaizinhos. Ela e seus filhotes de quatro patas. O .......... não me lembro o nome do cachorrinho dela, que mais parece um bebê do que um cãozinho. Ah, é o Petrucci!! Este é o nome dele. Na verdade, eu não me lembrei não, foi o meu filhotinho Caio que me passou a cola.
Clarinha, meu amor, muito obrigada. Te amo!!!!!!!!!!!! Não fica com ciúme não, viu? Amo também a Quel, o Pedro e o Thiago. Quel, linda, cantando, feliz. Ah, meus olhos se enchem de água quando penso que você tá aí, mostrando todo o seu talento. Pedro, querido. Te amo, amo, amo!!!!!!! Thiago, meu querido, coração apertado de tanta saudadade. E à mãe de todos vocês, minha declaração rasgada de amor. Chele, minha querida irmã de todas as horas.
Sem palavras pra terminar.
Beijos de amor!!!!!!!!!!!