domingo, 16 de janeiro de 2011

Enchente tinha que ser assunto para todo dia!

Um mês sem escrever aqui. Nesse tempo, por quase 15 dias, estive em Ribeirão Preto e no Guarujá. Prometi e fiz pacto em família que nunca mais vamos para a praia no reveilon. Foram 13 horas e meia de viagem, sob chuva forte, para vir do Guarujá para Itajubá. Mas a estadia lá valeu a pena. Estivemos entre gente muito, muito querida.
Depois desses 15 dias, vivemos momentos de tristeza em família, sensibilidade total quanto à saúde - ou a falta dela - de meu velho pai. E por fim, um filho com nariz quebrado e boca arrebentada, depois de uma brincadeira bobinha, de balançar. E no meio de tudo isso, enchente na cidade. O centro de Itajubá e algumas outras áreas receberam a visita das águas do Ribeirão José Pereira, que afinal, vez ou outra, mostra sua força.
É. 2011 começou 'brabo' pra mim, mas nada, nada mesmo se compara ao que estamos assistindo pela TV na região serrana do Rio de Janeiro. Gostaria de saber como o espiritismo explicaria tanta gente indo junto, da mesma família, da mesma cidade. Por que será que acontece isso? Uma chamada coletiva?
Em Itajubá, o ano começou tenso com a ameaça de enchente e as costumeiras espetadas entre políticos e radialistas. Santos Deus! Quando é que as pessoas vão compreender que é preciso ter relação sadia entre a administração pública e a imprensa?  Chamo de sadio o que não é subserviente nem sensacionalista, o que não é irresponsável nem omisso, o que não é parcial nem subjetivo. E isso de ambos os lados: tanto da imprensa quanto da administração pública.
Com ataques, ironias, trocas de farpas, omissão de informações e amadorismo (insisto que de ambos os lados) todo mundo perde: perdem os veículos de comunicação, a administração, a cidade. Administração e imprensa não têm que ser parceiros nem inimigos. Têm que ter a distância necessária para garantir a confiabilidade da informação.
Bem, mas espero que não tenhamos enchente, que a administração cumpra seu papel de manter a população informada sobre tudo e em todos os momentos e que enchente não seja tema só de fim de ano na cidade. Esse assunto tem que ser conversado todos os dias, nas escolas, nas ruas, nas famílias, porque se é preciso conviver com esse rio que sempre insiste em voltar ao seu lugar, que possamos ter uma cidade educada e preparada todo o tempo para isso.

3 comentários:

  1. É Celinha, ir pra praia no reveillon é o maior "programa de índio". Também prometi que nunca mais viajaria nessa época de festas.
    Quanto ao seu comentário, achei de uma lucidez incrível. Essa guerra entre os políticos e radialistas, chega a dar náuseas. Teve político falando na rádio até em agressão física! Vê se pode. Itajubá não merece isso, políticos incompetentes, radialistas e jornalistas sensacionalistas. Espero que na próxima eleição tenhamos candidatos sérios e competentes e que o povo saiba escolhê-los corretamente. E que durante o mandato, haja uma união de forças e não essa guerra que estamos presenciando hoje.
    Parabéns pelo seu blog!
    Batista.

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  2. Batista, é uma pena mesmo que assuntos tão sérios sejam tratados assim, misturados com ressentimentos políticos, com rivalidades debochadas. Peca-se muito pela falta de profissionalismo de TODOS os lados. E quem perde são os cidadãos comuns que querem apenas que sua casa não seja invadida pela enchente. Só isso.
    Célia

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  3. Primeiramente, parabéns pelo blog.

    Segundo: Não é só reveilon, no feriado do dia 15 novembro, indo para Caraguá (Acho que é mais perto) eu fiquei dentro de uma van apertado durante 11 (onze) horas, chovendo e eu morrendo de sono.

    Terceiro: Infelizmente as coisas estão extrapolando de ambos lados mesmo. Se a Futura estivesse dando notícias falsas, então que alguém da administração deixasse a ignorância de lado e entrasse ao vivo explicando a real situação da cidade e não fazer o que o prefeito fez entrando em outra rádio para criticar a oposição e falar naquele momento sobre a pintura do museu ou internet grátis na cidade...Acho que o Prefeito foi muito infeliz em sua fala, pq ele como Prefeito tinha que se preocupar com a população e não com a oposição.

    Abraços

    EVANDRO

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