segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Os jovens não têm mais o que fazer?

Não, não tem. Jovens, em cidade como Itajubá, não têm nada o que fazer. Já disse isso várias vezes neste espaço porque é, realmente, uma coisa que me incomoda demais. Na falta de algo útil a se fazer, é claro, caem na gandaia. Eu sei que tem época pra tudo, que o início da juventude é um mundo de delícias e altas descobertas, hormônios à flor da pele, sexo começando a ser possível, curiosidade sobre tudo o que tem por aí. E a droga reinando poderosa nesse meio, fazendo de reféns aqueles que não têm outras coisas mais interessantes pra curtir.
Os municípios precisam de políticas públicas para a juventude, que envolvam a Cultura, a Educação, o Esporte, a Promoção Social, o Meio Ambiente, enfim, tudo pode ser articulado e conectado para ações coordenadas que ofereçam uma alternativa à droga. Não adiantam ações isoladas e temporárias. É preciso um sistema completo, integrando todas essas áreas citadas, pegando os meninos e meninas em todos os aspectos e ambientes que eles possam estar.
Itajubá não tem teatro, nem oficinas. Não tem cinema. Não tem, por exemplo, espaço público em que essa meninada possa aprender a tocar um instrumento, possa aperfeiçoar os passos de dança de rua. Não tem um espaço em que a moçada possa se divertir sem que seja a mesa de um bar. Fica difícil concorrer com o ócio, vizinho da droga.
Essa história é, realmente, uma droga!

   

3 comentários:

  1. Muito bem colocado seu ponto de vista, sobre o qual estou totalmente de acordo.
    Precisamos deixar de observar, descruzar os braços e agir para que esta droga mude!!
    Parabéns Celinha.

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  2. Concordo plenamente, cidades como Itajubá deveriam oferecer uma estrutura melhor que ocupasse o tempo ocioso do jovem, acho vergonhoso a cidade n contar com um teatro decente, uma sala de cinema... Usar a arte é um meio muito eficiente para resolver esse tipo de problema, mas infelizmente a cultura itaubense menospreza o que é sensivel, artistico, dessa forma fica muito complicado, alias vc fala sobre cair na gandaia, sinceramente, a cidade n conta com NENHUMA casa noturna a altura de uma cidade universitária, eu mesmo não frequentava baladas em Itajubá, sempre saia da cidade para isso, mts vezes indo para cidades de SP como Taubaté e outras. Ou o jovem se rende as drogas e outras coisas ilicitas ou, como eu, sai da cidade em busca de um lugar onde ele tenha uma estrutura minima para se ocupar, interagir com outros jovens, aprender e ensinar coisas novas...

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  3. Célia,


    O André Brazolin e a Marcinha da Secretaria de Esporte estão com uma escolinha de basquete na cidade...treinos todas 2ª, 4ª e 6ª feiras das 14 horas às 17 horas e de manhã 2ª e 6ª das 8:00 às 11:00. E pediria até a vc se fosse possível anunciar esse projeto na rádio.

    E repito, tem um trabalho que vem sendo realizado em Piranguinho com o teatro, que pode ser mais explorado por outras cidades.

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