sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Quis saber o que é o desejo...

Hoje, na vinda de BH para Itajubá, viemos ouvindo, em grande parte da viagem, Chico Buarque. Numa seleção de primeira (como se houvesse algo diferente disso na obra do Chico) do meu amigo Rogério Azevedo, ouvi canções que há tempos não ouvia, outras que me arrepiam, tantas que marcaram momentos da minha vida, outras que parece que foram feitas pra mim. Esgotei o apetite do meu coração. Havia tempos, não ouvia essa, cuja letra transcrevo aqui:

Tanta Saudade

Era tanta saudade
É, pra matar
Eu fiquei até doente
Eu fiquei até doente, menina
Se eu não mato a saudade
É, deixa estar
Saudade mata a gente
Saudade mata a gente, menina

Quis saber o que é o desejo
De onde ele vem
Fui até o centro da terra
E é mais além
Procurei uma saída
O amor não tem
Estava ficando louco
Louco, louco de querer bem

Quis chegar até o limite
De uma paixão
Baldear o oceano
Com a minha mão
Encontrar o sal da vida
E a solidão
Esgotar o apetite
Todo o apetite do coração

Mas voltou a saudade
É, pra ficar
Ai, eu encarei de frente
Ai, eu encarei de frente, menina
Se eu ficar na saudade
É, deixa estar
Saudade engole a gente
Saudade engole a gente, menina


Ai, amor, miragem minha, minha linha do horizonte, é monte atrás de monte, é
monte, a fonte nunca mais que seca
Ai, saudade, inda sou moço, aquele poço não tem fundo, é um mundo e dentro
um mundo e dentro um mundo e dentro é um mundo que me leva


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